quinta-feira, 6 de setembro de 2007

filhos do nada


«Em cada grito de cada homem, em cada grito de medo soltado por uma criança, em cada voz, em cada anátema, ouço o ruído das correntes que forja o espírito» (William Blake)

2 comentários:

Catarina disse...

Acho esta citação linda. Reforça o facto de que, tendenciosamente, consideramos o desespero como uma fraqueza, reflexo de um defeito nosso - a falta de capacidade para lidar de forma equilibrada com certas situações.
Esquecemo-nos que são estes gritos, por vezes mudos, que reforçam o facto de estarmos vivos. São os momentos que nos fazem felizes,que nos fazem sentir que viver é bom e nos dão a coragem e a serenidade necessária para ultrapassar os obstáculos quotidianos ou aqueles que surgem inesperadamente nas nossas vidas e teimam em ficar. São esses sentimentos que nos trazem por cá, com a consciência que habitamos um corpo, que partilha sentimentos com outros espíritos, embora cada um possua motivação e predisposição própria à vivência de dados sentimentos..
Beijinhos***

Catarina disse...

E parece que a felicidade se pode resumir a isto, não é?:

"Veja o mundo num grão de areia,
veja o céu em um campo florido,
guarde o infinito na palma da mão,
e a eternidade em uma hora de vida!"

William Blake